domingo, 21 de novembro de 2010

Poema que me faz lembrar o Outono!

"Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono, Dormitando junto à lareira, toma este livro, Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto, Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor, Mas apenas um homem amou tua alma peregrina, E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente, Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou E em largos passos galgou as montanhas Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas."
w.b.yeats

domingo, 29 de agosto de 2010

"Na vida de hoje, o mundo só pertence aos estúpidos, aos insensíveis e aos agitados. O direito a viver e a triunfar conquista-se hoje quase pelos mesmos processos por que se conquista o internamento num manicómio; a incapacidade de pensar, a amoralidade, e a hiperexcitação." (Fernando Pessoa)
Quem não tem talento não reconhece o talento de outros. Neste caminho para o templo é a maior dificuldade! Semideuses que triunfam sem terem talento e com a incapacidade de o reconhecerem.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A água, Novo Produto Hortícola

Foto Infame


Hoje apeteceu-me voltar ao caminho em direcção ao Templo! Voltar ao pó, ao frio, à chuva, à descoberta de novas terras e seus habitantes, à dor, ao riso fácil,...
Este Infame apaixonou-se! E ficou! E saboreou a companhia! E aproveitou o conforto! E foi mimado! E esqueceu-se dos Semideuses!
Voltei à estrada mas com a promessa de regressar a casa para mais um ano longe do Templo!
Numa época em que a água é quase uma relíquia, partilho a "cultura da água".
Cumprimentos Infames

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A Primeira Vez


Capa do livro "O Primeiro Gole de Cerveja e Outros Prazeres Minúsculos" de Philippe Delerm


Um dos segredos do mundo é a memória das "primeiras vezes". Percorrer os caminhos da memória em direcção a esses momentos é algo que me causa muita curiosidade.
A que soube a primeira laranja?O que senti ao olhar o mar pela primeira vez? Qual foi a sensação aos primeiros acordes de música? O que pensei quando descobri que havia bactérias? ....
Será que essas sensações, impressões, ... foram iguais às que hoje saboreio? Tal como na Geologia, poderei aplicar o Princípio das Causas Actuais? Perante a mesma situação sinto e expresso a mesma emoção? Tenho os mesmos pensamentos?

Humilhação - Solução Fácil

Durante um convívio com Infames e Semideuses em torno do desempenho dos protótipos que tentamos orientar/ensinar/instruir aconteceu-me algo congestionante. O almoço, que andava às voltas no estômago parou de repente deixando-me uma sensação de pedra e ardor.
A humilhação é a arma de destruição maciça ou massiva, como queiram, dos Semideuses. Reconhecerem que estão errados é impossível, diminui-lhes o status, então encontram solução, para a sua frustração, na humilhação. Calcam para não se recalcarem.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O Cavalo e a Cegonha - Um Exemplo Pedagógico


Ora aqui estão dois companheiros improváveis, quase me faz lembrar Jorge Amado com o Gato e a Andorinha, um amor pedagógico.
O Cavalo e a Cegonha, vizinhos que não se incomodam, ambos usufruem do verde, um com as patas no solo outra com as asas no vento.
O Cavalo não inveja a liberdade da Cegonha, não inveja as paisagens contempladas a cada voo, não inveja a casa colocada em locais estratégicos e admirada por todos.
A Cegonha não inveja o porte elegante do Cavalo, o seu pêlo sedoso, não inveja os campos percorridos a galope, não inveja os seus saltos alegres sobre muros de xisto.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Portas

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Portas que se abrem, portas que se fecham, portas entreabertas, portas cerradas, portas escancaradas, portas ...
O meu percurso em direcção à grande porta do Templo é preenchido por outras portas mais pequenas mas tão importantes como essa pela qual anseio entrar, fechar e não mais abrir.
Portas de todos os feitios, de todas as cores, algumas semelhantes a portões, outras semelhantes a portinholas, outras fazem lembrar janelas. Portas fáceis de abrir e fechar, portas em que fico somente pela intenção de abrir, portas que tento abrir e não consigo, portas que tento fechar e é impossível. Portas que se escancaram à minha passagem, portas cerradas quando olho, portas que batem mal me vislumbram, portas que se entreabrem timidamente quando passo. Portas fechadas que me deixam curioso, portas abertas que nem vejo, portas que só me tentam quando se abrem. Portas que me dão prazer, portas que magoam, portas necessárias, portas dos outros, portas ...