domingo, 29 de junho de 2008

Tarde Multi-sensorial



O meu final de tarde, ontem, foi uma viagem pelo mundo das sensações.
Desde a luz e os sons da praia recebidos em solitude até à sande de presunto com ovo acompanhada de umas "loiras" recebida em excelente companhia infame.
E a bateria novamente carregada!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Outra Vez o Lobo Mau


Retirado do blog Now Katrineta


Ontem em conversa com outros Infames, aconchegados por paisagem a condizer, referi o facto de todas as crianças pedirem uma e outra e outra e outra e ... vez para lermos a mesma história, o que, diga-se de passagem, aborrece quem se intitula adulto. Li uma vez que fazem isto para ganharem confiança, já sabem o que vai acontecer, começam a controlar as emoções. Fui até ao aconchego do lar a pensar que não se resume à infância essa vivência do outra vez. Os Semideuses passam a vida a repetir uma e outra e outra e outra,...vez as mesmas histórias mas com personagens diferentes e concluem que não aprenderam nada. Que o lobo mau os engana sempre! E ficam desgostosos, desiludidos e prometem que para a próxima vão estar mais atentos e que a pele de cordeiro não os enganará. A próxima vez vem e, novamente, são iludidos, só porque desta vez o lobo mau estava disfarçado de ovelha. E lá vem a penitência, as promessas de nunca mais! E nisto gastam uma vida, gastam emoções.
A sabedoria Infame diz-me que afinal, o querermos viver outra vez as mesmas histórias baseia-se, simplesmente, na nossa segurança/confiança/gestão eficaz de emoções, ou seja nós sabemos que o lobo mau anda por aí mas já não temos medo e arriscamos uma e outra vez pois um dia há-de aparecer o príncipe encantado e ao primeiro beijo descobrimos que uma bruxa o tinha transformado em lobo. Para entrar no Templo não podemos ter tal arrogância é melhor fingirmos que a cada nova história repetida fomos enganados e chorar baba e ranho e apregoarmos a nossa inocência! O Lobo Mau é culpado!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Olhares



Olhares Infames!
Olhares que comovem!
Olhares que amam!
Olhares que julgam!
Olhares que admiram!
Olhares que confiam!
Olhares que esperam...

Rosas Perfumadas




Caros Infames que lêem este blog, muito obrigado pelos vossos comentários que me ajudam a compreender melhor e a sentir-me acompanhado neste difícil caminho para o Templo.
Continuem mesmo que não dê feed-back. Sou leitor atento!
Ofereço-vos Rodrigo Leão.

terça-feira, 24 de junho de 2008

As Cores da Infâmia




Registos de uma tarde recheada a arco-íris!

O Baile de Debutantes

Fui convidado para um baile de debutantes. Roupa a rigor e comportamento de acordo com o protocolo. O baile, que durou 90 minutos, teve como propósito divulgar a sabedoria linguística de quatro protótipos de Semideuses. E que sabedoria impressionante! Prestei-lhes vassalagem e admirei-os por inutilizarem seis folhas de papel, cada um, sem o mínimo de constrangimento, sem sequer pensarem nas árvores necessárias ao fabrico da magia branca. Oh, como os admiro!
Fiquei grato pelo convite, por me permitirem usufruir de tão divina presença. E eles, de acordo com a principesca educação que receberam, a não agradecerem a minha admiração, a minha esperança. Um Templo mais justo, mais sábio, mais solidário, mais... depende destes futuros Semideuses. As árvores? O carvão? O tempo gasto por este Infame? Isto tem algum interesse? Não! O que importa é o bem estar destes Semideuses adolescentes; perceberem que têm os seus súbditos aos pés e que poderão continuar a reinar e a espalhar a sua sabedoria.
Hoje sinto-me realizado, cumpri o meu papel na perfeição. Templo à vista!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Volúpia


“L’enlèvement de Psyché” de William Adolphe Bouguereau.
(Da união entre Psique e Eros nasceu Volúpia)


Hoje distanciei-me do Templo!
Estive sentado num confortável sofá, com as pernas voluptuosamente esticadas num local público. Por companhia, Infames, garrafas de néctar suculento de cevada e palavras que dançavam com facilidade. Palavras que não se exibiam, palavras que não seduziam, palavras espontâneas, palavras ingénuas,... Não sei se pela postura voluptuosa das minhas pernas, se pelas palavras pueris ou se pelo néctar de cevada, a leveza tomou forma, a importância do caminho para o Templo ficou reduzida a cinza no cinzeiro partilhado. Um risco não calculado que boicota todas as estratégias para a entrada no Templo. Aguardo sentença! Promiscuidade
dirão os Semideuses!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Condescendência ou Arrogância

Nesta árdua luta pela entrada no Templo fico cativo de dualidades. Hoje, mais uma que veio ao meu encontro para me mostrar que sou prisioneiro nesta caminhada.
Para que os Semideuses não me barrem a entrada no Templo mostrei a minha arrogância, própria dos habitantes do Reino Vil da Infâmia, camuflada de atitude de superioridade paternalista. Fui de uma insolência altiva e audaz demonstrando o meu orgulho na Infâmia mas tive medo de deitar tudo a perder. Anos de batalha por um lugar no Templo não podem ser desbaratados por um orgulho vão. Então, usei uma das armas dos Semideuses, a condescendência. Fiquei feliz, e pensei estou mais perto do Templo! Depois, a arrogância voltou, pareceu-me mais honesta, mais genuína, mais inteligente, mais respeitadora. A condescendência surgiu-me ignorante, sectária, tolerante, e odiei-a!
Prefiro a agressividade da arrogância ao cinismo da condescendência!
Acorda, precisas de entrar no Templo! Por favor, um cálice bem cheio de condescendência que estou sequioso!

domingo, 15 de junho de 2008

Nina



No Reino dos mal entendidos os Infames nunca entrarão no Templo!

Infâmias



Olhares de um Infame!

Religiosidade ou Vaidade


Um Infame que se preze tem que colocar os seus rebentos na catequese se quiser entrar no Templo. O objectivo é que, num dia previamente marcado, todos os rebentos de Infame e de Semideus se vistam a rigor; eles com fato e gravata ou então um laçarote, o cabelo lambido e risca ao lado; elas com vestidos cheios de rendas e laçarotes, os cabelos aos cachos com uma tiara. A família enfiada em fatos e vestidos que custam os olhos da cara e a pensar unicamente no momento em que irão colocar os pés debaixo de uma mesa com um belo repasto.
Neste dia especial em que os Infames se sentem Semideuses e os Semideuses toleram a presença dos Infames, tudo tem que expirar euros. Mesas redondas com grandes ramos de flores, vários pratos, copos até mais não, mesas com frutas em forma de animais da selva, mesas com queijos a lembrarem os franceses, conjunto com música dançavel,... Mais e mais para se ter a sensação que a festa do vizinho nem chega aos calcanhares da nossa.
E no meio do vinho, criteriosamente escolhido, ninguém pensa ou fala do que os juntou? Onde está a mesa da religiosidade? Fica mal a um Infame que quer ascender ao Templo ter destas preocupações comezinhas. Vamos mas é ao leitão que se faz tarde!