segunda-feira, 13 de julho de 2009

A Primeira Vez


Capa do livro "O Primeiro Gole de Cerveja e Outros Prazeres Minúsculos" de Philippe Delerm


Um dos segredos do mundo é a memória das "primeiras vezes". Percorrer os caminhos da memória em direcção a esses momentos é algo que me causa muita curiosidade.
A que soube a primeira laranja?O que senti ao olhar o mar pela primeira vez? Qual foi a sensação aos primeiros acordes de música? O que pensei quando descobri que havia bactérias? ....
Será que essas sensações, impressões, ... foram iguais às que hoje saboreio? Tal como na Geologia, poderei aplicar o Princípio das Causas Actuais? Perante a mesma situação sinto e expresso a mesma emoção? Tenho os mesmos pensamentos?

Humilhação - Solução Fácil

Durante um convívio com Infames e Semideuses em torno do desempenho dos protótipos que tentamos orientar/ensinar/instruir aconteceu-me algo congestionante. O almoço, que andava às voltas no estômago parou de repente deixando-me uma sensação de pedra e ardor.
A humilhação é a arma de destruição maciça ou massiva, como queiram, dos Semideuses. Reconhecerem que estão errados é impossível, diminui-lhes o status, então encontram solução, para a sua frustração, na humilhação. Calcam para não se recalcarem.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O Cavalo e a Cegonha - Um Exemplo Pedagógico


Ora aqui estão dois companheiros improváveis, quase me faz lembrar Jorge Amado com o Gato e a Andorinha, um amor pedagógico.
O Cavalo e a Cegonha, vizinhos que não se incomodam, ambos usufruem do verde, um com as patas no solo outra com as asas no vento.
O Cavalo não inveja a liberdade da Cegonha, não inveja as paisagens contempladas a cada voo, não inveja a casa colocada em locais estratégicos e admirada por todos.
A Cegonha não inveja o porte elegante do Cavalo, o seu pêlo sedoso, não inveja os campos percorridos a galope, não inveja os seus saltos alegres sobre muros de xisto.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Portas

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Portas que se abrem, portas que se fecham, portas entreabertas, portas cerradas, portas escancaradas, portas ...
O meu percurso em direcção à grande porta do Templo é preenchido por outras portas mais pequenas mas tão importantes como essa pela qual anseio entrar, fechar e não mais abrir.
Portas de todos os feitios, de todas as cores, algumas semelhantes a portões, outras semelhantes a portinholas, outras fazem lembrar janelas. Portas fáceis de abrir e fechar, portas em que fico somente pela intenção de abrir, portas que tento abrir e não consigo, portas que tento fechar e é impossível. Portas que se escancaram à minha passagem, portas cerradas quando olho, portas que batem mal me vislumbram, portas que se entreabrem timidamente quando passo. Portas fechadas que me deixam curioso, portas abertas que nem vejo, portas que só me tentam quando se abrem. Portas que me dão prazer, portas que magoam, portas necessárias, portas dos outros, portas ...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A Propósito de Piratas


Retirada de www.gpdesenhos.com.br

(...)
"Ora, como a barbárie é mais contagiosa do que a civilização."

José Manuel Fernandes, in Público de 13/04/09

A questão é e quem são os piratas? Os malvados somalis com as suas armas de meia tigela mas que não enganam ninguém? Ladrões assumidos! Ou os bons samaritanos do ocidente com o seu armamento de filme de ficção científica e que roubam escondidos nos seus fatos e gravatas?
O Miguel Esteves Cardoso escreveu, no mesmo jornal, que acalenta um desejo secreto de ser Pirata e eu confesso que também gostaria e bem lá no fundo até os compreendo.
Ou Pirata ou Semideus? Semideus! A entrada no Templo merece o sacrifício da liberdade e da honestidade!

A Culpa Morre Solteira


Retirada de "In my darkest hour"

(...)
"As pessoas com sentimento de culpa não sofrem de depressão nem de baixa auto-estima."
(...)
"Nas culturas orientadas para a culpa a pessoa assume os valores e regras como seus, como algo que tem que ver com aquilo que é e quer ser. Já as pessoas (e culturas) com tendência para a vergonha têm essas regras e valores muito dependentes do exterior. Embora não deixem de os admitir como seus, fazem-no mais por uma sensação de dever, por uma preocupação com a sua imagem social e não tanto por convicção profunda."
(...)
João Moreira, Professor de Psicologia in Notícias Magazine de 12/04/09

Após a leitura deste artigo só pensava de que forma podemos educar para a culpa e não para a vergonha ou seja como obter, no final de um ciclo de ensino, uma catrefada de culpados em vez de um magote de envergonhados?
A escola promovida por Semideuses e ouso escrever a cultura transmitida pelos mesmos, é orientada para a educação da vergonha. Uma pergunta frequente quando fazemos uma "asneira" é "Não tens vergonha?" e nunca "Não tens culpa?" O resultado é uma série de envergonhados deprimidos!
Agora entendo a frase "A culpa morreu solteira", ninguém a quer por companheira! Dá muito trabalho, faz sofrer, obriga à introspecção, obriga a fazer escolhas e a assumir as consequências de forma individual. A vergonha, por outro lado, ajuda-nos a esconder no colectivo, facilita as escolhas e é suave no castigo.
Para entrar no Templo vou ter que me libertar desta companheira maldita que me atormenta nas horas mais inconvenientes! Tentar dormir e a maldita a dar o seu sermão predilecto! O primeiro passo é comprar uns comprimidinhos e preparar-me para a depressão!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Embriagar

"Sinto-me renascido a cada momento para a eterna novidade do mundo"

Alberto Caeiro


Neste últimos dias tenho-me deparado, constatado com uma enorme quantidade de Semideuses fãs de antidepressivos, calmantes, soníferos,... Confesso que por vezes também me apetecia embriagar com um desses "salvadores da felicidade" mas depois lembro-me de Caeiro e olho para os lados.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Índices


"(...)
Os institutos de pesquisa económica internacionais fornecem continuamente dados. Produzem-nos como carne quotidiana para os jornais, as revistas, os partidos políticos. O célebre índice "big mac", por exemplo, que considera tanto mais florescente um país quanto mais cara é a sandes nos McDonald´s. Por sua vez, para avaliar o estado dos direitos humanos os analistas observam o preço a que é vendida a kalashnikov. Quanto mais barata é a metralhadora, mais os direitos humanos são violados, o Estado de direito está gangrenado, a ossatura dos equilíbrios sociais está podre e em desagregação.
(...)"

Roberto Saviano in Gomorra

quarta-feira, 18 de março de 2009

E Tu?


És filha da Terra Azul e do Céu Vermelho.
És fruto de um amor impossível em terras longínquas.
Teus irmãos são azuis.
E Tu?
És o inferno paraíso ou o paraíso inferno.
És o vermelho azul ou o azul vermelho, depende da meteorologia!
Tua mãe desabafa:
"Como é possível? Sai ao pai! Vermelho!
Sai-lhe pelos poros em raios de impaciência.
Quando era pequena não dormia, não calçava sapatos, não ia à catequese.
Diabo? O Diabo também é Vermelho."
A tua salvação é esta mãe Azul.
Quando olhas uma criança, és Azul.
Quando cheiras uma flor, és Azul.
Quando sentes a água no corpo, és Azul.
Quando ouves música, és Azul.
Quando saboreias os outros, és Azul.
(...)
Quando anseias o desconhecido, és Vermelho.
Quando usas palavras punhais, és Vermelho.
Quando ouves mentiras, és Vermelho.
Quando ris, és Vermelho.
Quando amas, és Vermelho.
(...)

domingo, 15 de março de 2009

Mal de Marinheiro



"Não se descobre novos oceanos se não se tiver coragem de perder a terra de vista." André Gide


O meu maior medo sempre foi o compromisso com terra e sempre fugi, como um verdadeiro marinheiro, da permanência em terra por mais de uma noite, enquanto se atestava e limpava o barco. A permanência em terra por mais de uma noite e um dia enjoava-me, causava-me os mesmos sintomas que alguns demonstram no mar.
Esta sensação de entorpecimento, de pouco espaço que me persegue há uns tempos deve-se à ressaca de mar. O meu barco está encalhado nas areias da rotina. Estou necessitado de uma viagem por mares nunca dantes navegados! Com esta dependência o Templo mais longe!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Entrudo Chocalheiro



Memórias de três dias de festa onde Infames e Semideuses gargalharam, beberam, comeram e foram chocalhados em conjunto!
Um Viva a esta tradição!
Um Viva aos Caretos de Podence!
Um Viva aos Chocalhos que me fizeram rir!
Três dias em que nos esquecemos da Crise!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Analfabetos

"As pessoas que sabem ler e escrever têm dificuldades para compreender o impacto total do analfabetismo.
Num mundo que funciona com leis, regras e instruções escritas, o analfabetismo é uma cruel desvantagem, quando se trata de participar em decisões que afectam a vida. Equivale a ser deficiente uma vez que limita as oportunidades de trabalho, reduzindo-as às tarefas mais servis e mal pagas. Significa ser incapaz de ler instruções num pacote de sementes, numa lata de leite em pó ou numa embalagem de contraceptivo oral. Significa ser incapaz de ler jornais, placas de ruas ou sinais de alerta. Traduz a incapacidade de saber se os seus direitos são respeitados, assim como de verificar se um título ou uma escritura estão incorrectos."

Adaptado de "Cuidar o Futuro", Comissão Independente para a População e Qualidade de Vida, Trinova, 1996



As regras sociais e económicas deveriam se basear nos afectos. Para comprar uma casa ou um carro bastava saber ser solidário; para se fazer a disciplina de Matemática bastava saber ser bondoso; para se ser colectado bastava saber amar; . . .
Quem tivesse capacidades como a inveja, a hipocrisia, o ódio, . . . não poderia aceder a um crédito bancário, nunca acabaria o Ensino Básico, nunca beneficiaria de ADSE, . . .
E assim, as conversas com os Semideuses, grandes leitores e escritores, seria do tipo: "Então, a casa?" Resposta: "Não me concederam o empréstimo. Só para quem não sabe assinar."; Então, a Matemática?" Resposta: "Não percebo nada do que a professora sente!"; "E a tua reforma?" Resposta: "Nunca pude fazer descontos, sabia ler!"
No Templo não entram analfabetos mas tenho um desejo secreto, saber amar tão bem como sei ler e escrever!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Superstição


Retirada de comunidadecatolica.wordpress.com


nome feminino
1. desvio do sentimento religioso que consiste em atribuir a certas práticas uma espécie de poder mágico, ou pelo menos uma eficácia sem razão
2. crença sem fundamento nos efeitos mágicos de determinado objecto, acção ou ritual, crença irracional, crendice
(Do lat. superstitióne-, «resto de velhas crenças»)

Dicionário Língua Portuguesa Porto Editora

A sexta-feira 13, azar ou sorte?
Numa sociedade, dita racional, esta questão está muito presente carregando o quotidiano de gestos e palavras para afastar o azar. A questão perdia o interesse se os Semideuses estivessem mais disponíveis para esperarem a sorte e não estarem disponíveis unicamente para esperarem o azar. As expectativas orientam o olhar!

Poema





Para este dia em que se comemora o amor aqui fica um poema para todos os que aqui passam!




"acabou de ruir
o desmoronamento foi
provocado por um incêndio no segundo
andar onde um curto-cicuito
lhe incendiou o coração.

há apenas uma vítima mortal a registar
para além dos danos materiais avultados que
implicam a reconstrução completa do edifício.

o porta-voz dos bombeiros afirmou que
houve intenção criminosa por detrás deste incêndio dado
que o coração da vítima mortal apresentava
nitidamente marcas de fogo posto.

a fonte energética usada pelo incendiário deverá ter sido
feromona com mistura de adrenalina num lança olhares
produtos altamente inflamáveis e expansíveis.

face à presença das labaredas que
deflagraram no segundo piso
o coração da vítima foi incapaz de resistir
e acabou por falecer com queimaduras de terceiro grau.

a polícia não acolheu o alibi do presumível
incendiário que considerou provado ter ateado o lume
no segundo andar de um piso de construção antiga e
sem plano de emergência.

o incendiário afirmou que aquela hora se encontrava
nu e totalmente disponível para o amor
no mesmo prédio, no segundo andar e sem se queimar."

José Miguel Oçiveira

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Notas Soltas

"O intelecto nutre o afecto. Quem mais conhece mais ama; e mais amado mais gosta." Santa Catarina de Sena

O conhecimento, quando apreendido, permite aumentar a capacidade de amar! Quase me atrevo a dizer que é directamente proporcional ao aumento da bondade.
Uma criança amada é um adulto com grande capacidade de amar!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Inveja

"Quem pode, neste mundo, escapar aos invejosos? Quanto mais se destaca um homem no conceito de seus concidadãos, quanto mais alta e respeitável sua posição, mais fácil alvo para a peçonha da inveja, contra ele se levantam, em vagalhões de infâmia, os oceanos da calúnia. Nenhuma reputação, por mais ilibada, é inatingível, nenhuma glória, por mais pura, é intocável."

in "Os Velhos Marinheiros" de Jorge Amado

Verdade


"Com sua voz grave, de inapelável sentença, acrescentou curioso detalhe: não só a verdade está no fundo de um poço, mas lá se encontra inteiramente nua, sem nenhum véu a cobrir-lhe o corpo, sequer as partes vergonhosas. No fundo do poço e nua.
(...)
No entanto, por mais que ele me explique tratar-se apenas de um provérbio popular, muitas vezes encontro-me a pensar nesse poço, certamente profundo e escuro, onde foi a verdade esconder sua nudez, deixando-nos na maior das confusões, a discutir a propósito de um tudo ou de um nada, causando-nos a ruína, o desespero e a guerra.
Poço não é poço, fundo de um poço não é o fundo de um poço, na voz do provérbio isso significa que a verdade é difícil de revelar-se, sua nudez não se exibe na praça pública ao alcance de qualquer mortal. Mas é nosso dever, de todos os nós, procurar a verdade de cada fato, mergulhar na escuridão do poço até encontrar sua luz divina."

in, " Os Velhos Marinheiros" de Jorge Amado

Alergias


Retirada de patriciasoares10.spaces.live.com

"Está aqui que não me deixa mentir!"
Porque será que alguns Semideuses usam frequentemente a expressão supracitada? Será que mentiram noutras ocasiões? Será projecção devido a desconfiança? Será que têm fraca memória que precisam de testemunha? Será?
É uma expressão que me desagrada, exaspera-me! E mais me irrita quando é utilizada por superiores hierárquicos, ditos Coordenadores - Directores ou Directores - Coordenadores de qualquer coisa, durante uma reunião. Quando isto acontece sou transportado para o tanque ou para o mercado, onde vizinhas "conversam" sobre vizinhas. Só falta mesmo o dito Coordenador - Director ou Director - Coordenador colocar a mão na anca. Leitores vão ter que acreditar naquilo que escrevo pois está aqui alguém que não me deixa mentir!

"Estou a dar-te uma seca (ou a aborrecer-te quando não se gosta da terminologia sem humidade)!"
Outra expressão que me provoca alergias. Se acham que é uma seca/aborrecido porque continuam? Gostam de ouvir "Oh, nada disso!", para se sentirem interessantes? Não consideram o outro bom ouvinte? Quando estão no papel inverso apanham secas/aborrecimento? Humedeçam a conversa com bondade e deixará de estar seca.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Contos de Fada


Retirado de www.raulgil.com.br

Ultimamente, em conversa com alguns Semideuses, apercebi-me da influência dos contos de fada na vida dos mesmos. Desde o nascimento que lhes estimulam o cognitivo, a criatividade, o sonho,... com a Cinderela, a Branca de Neve, a Gata Borralheira e o que fica? Uma série de expectativas. Um dia terão um palácio onde viverão com a amada princesa e os infantes. Todos os fins de semana darão jantares e bailes para a família, que será maravilhosa desde a sogra aos primos. o homem será o cavaleiro andante, forte e glamoroso, que tudo resolve. A mulher será bela e boa mãe. Tudo terá um tom dito cor-de-rosa, desde as pétalas das flores no jardim do palácio até ao vestido da amada. O grande problema é que um dia acordam e olham à volta e a única cor que os rodeia é o cinzento. O palácio é um cubículo onde os infantes correm aos gritos porque não há jardim com flores ou sem elas, a amada tem um ar cansado muito pouco atractivo e o príncipe, um sapo incapaz sequer de pagar as contas e o que fica? Uma série de frustrações que aniquilam, comprimem e a sensação de que a vida afinal não tem sentido. E as consequências? Queixas diárias! O dinheiro, o frio, a gordura, o vizinho, o futebol,.... E com esta vida tão rica vão existindo sem sequer se darem conta de que no passeio, todos os dias citado na conversa como esburacado, floriu uma pequena margarida que nunca ouviu falar de príncipes e princesas e saboreia a corrente de ar provocada pelos passos apressados cheios de lamurias. Nunca entrarei no Templo se não houver um feitiço que me faça esquecer que um dia vi aquela margarida!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Medo



Retirado do blog "30 Dias Para"

No caminho para o Templo, as conversas entre Infames e Semideuses, neste contexto de avaliação, rodam à volta do mesmo, objectivos individuais. Ainda gostava de perceber como é que um educador pode ter objectivos individuais. Voltando à conversa que aquece a viagem. Os Infames consideram que o medo impera no íntimo dos Semideuses , de tal forma que se começam a sentir sós nesta viagem. A sensação que fica é que se o Lobo Mau atacar numa curva do caminho, os Semideuses saltarão para trás dos Infames e num gesto de desespero empurrarão os pobres para a boca do Lobo com a sentença "foi ele".
O medo pode ser um aliado da sensatez mas neste caso parece-me mais um aliado, como disse um Infame ao almoço, da menoridade da mente. O que seria de nós se o medo tivesse vencido ao longo do caminho? Ainda teríamos a Mocidade Portuguesa. O medo é inaceitável quando inibe a verticalidade. Agora percebo a origem de alguns desvios da coluna vertebral. Começo a concluir que para entrar no templo é necessário uma escoliose.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Alegria Branca


Hoje tive consciência da alegria que a neve pode causar. Acho que consegue ultrapassar a presença do Sol.
Se estiver a chover ou nublado e o Sol conseguir romper esses depressores, ficamos contentes mas não rejubilamos. Com a neve rejubilamos!
Semideuses e Infames a partilharem desta alegria branca.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Saudade

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Rostos da Saudade



Saudade nome feminino

1. sentimento melancólico causado pela ausência ou pelo desaparecimento de pessoas ou coisas a que se estava afectivamente muito ligado, pelo afastamento de um lugar ou de uma época, ou pela privação de experiências agradáveis vividas anteriormente

2. [plural] cumprimentos a uma pessoa ausente; lembranças

3. [plural] BOTÂNICA nome de várias plantas da família das Dipsacáceas e das Compostas, e das flores respectivas;
morrer de saudades sentir muito a falta (de)

(Do lat. solitáte, «solidão»)

Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora

Desde que cheguei do Sul que a minha inspiração está em crise. A causa poderá ser uma imunidade passageira a Semideuses ou ainda continuar por lá sem me aperceber ou então sofro do síndrome de privação de experiências agradáveis vividas anteriormente.
A Saudade, para os poetas, é uma musa inspiradora. Para este Infame, existencialista perturbado por rasgos pontuais de emoção, é inibidora da criação.
Esperarei sentada na estrada do Templo á sombra de um embondeiro recordando as caras do Sul!