Ora aqui estão dois companheiros improváveis, quase me faz lembrar Jorge Amado com o Gato e a Andorinha, um amor pedagógico.
O Cavalo e a Cegonha, vizinhos que não se incomodam, ambos usufruem do verde, um com as patas no solo outra com as asas no vento.
O Cavalo não inveja a liberdade da Cegonha, não inveja as paisagens contempladas a cada voo, não inveja a casa colocada em locais estratégicos e admirada por todos.
A Cegonha não inveja o porte elegante do Cavalo, o seu pêlo sedoso, não inveja os campos percorridos a galope, não inveja os seus saltos alegres sobre muros de xisto.