domingo, 15 de junho de 2008

Religiosidade ou Vaidade


Um Infame que se preze tem que colocar os seus rebentos na catequese se quiser entrar no Templo. O objectivo é que, num dia previamente marcado, todos os rebentos de Infame e de Semideus se vistam a rigor; eles com fato e gravata ou então um laçarote, o cabelo lambido e risca ao lado; elas com vestidos cheios de rendas e laçarotes, os cabelos aos cachos com uma tiara. A família enfiada em fatos e vestidos que custam os olhos da cara e a pensar unicamente no momento em que irão colocar os pés debaixo de uma mesa com um belo repasto.
Neste dia especial em que os Infames se sentem Semideuses e os Semideuses toleram a presença dos Infames, tudo tem que expirar euros. Mesas redondas com grandes ramos de flores, vários pratos, copos até mais não, mesas com frutas em forma de animais da selva, mesas com queijos a lembrarem os franceses, conjunto com música dançavel,... Mais e mais para se ter a sensação que a festa do vizinho nem chega aos calcanhares da nossa.
E no meio do vinho, criteriosamente escolhido, ninguém pensa ou fala do que os juntou? Onde está a mesa da religiosidade? Fica mal a um Infame que quer ascender ao Templo ter destas preocupações comezinhas. Vamos mas é ao leitão que se faz tarde!

2 comentários:

Anónimo disse...

Antes de mais: fico contente que tenhas voltado!

Não é negativo ser-se religioso - seja qual for a crença, desde que haja verdade nisso... e coerência.
Hoje em dia, as pessoas preocupam-se mais com a vertente materialista dos eventos do que com a verdade do que sentem. É como o Natal, de que toda a gente esqueceu o verdadeiro significado e mesmo aqueles que afirmam a pés juntos não serem crentes, entram, como outros, na febre das prendas e dos festejos.
Acho que já me rtagarelei demais... ooops!

Fica bem. Até logo! Bjs

Anónimo disse...

Infame arguto, a si a minha vénia !
Cordialmente
josé Ribeiro Marto