terça-feira, 14 de outubro de 2008

Amor - Ódio


retirado de www.substantivolátil.com

Hoje, os protótipos de Infames e Semideuses a quem ensino as ciências da vida, fizeram-me pensar nas relações de amor-ódio que se estabelecem entre professores e alunos ao afirmarem que tinham a certeza que os professores deviam estar sempre a pensar em castigos para os que se portam mal, em castigos para os que não fazem os T.P.C., em castigos... Como aluno, pensei em pequenas torturas que gostaria de ter infligido aos meus professores. Mesmo aos professores de quem gostava havia dias em que me apetecia espetar-lhes pequenas agulhas por todo o corpo. Como professor posso dizer que só mudou o personagem a quem eu gostaria de infligir pequenas torturas, portanto os pequenos protótipos têm razão. Que torturas gostariam de me infligir naqueles dias em que estou odiável?
Só se valoriza o amor que se sente se pudermos por momentos odiar o objecto amado. A eterna dualidade onde o equilíbrio se refugia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Que fazer quando nos odiamos, quando sentimos pessoas detestáveis? Como eu te entendo...

Beijinhos

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

um professor é uma criatura que é odiada porque ensina a pensar , a fazer , a viver ... e isso é impossível num mundo em que nada disso se conhece , ou sequer se vislumbra o que é , e então dentro de uma saula de aula, imagino ....
cumprimentos infames
___________ JRMarto